sexta-feira, 15 de abril de 2011

meus olhos choram a madrugada.
as lágrimas escorrem entre os dedos
como areia fina.

houve linguagem,
mas linguagens gastam.
vê as rachaduras nas palavras?

houve silêncio,
mas o silêncio não se entende.
vê quanta dor muda?

vê como a cor muda?
ouve como o silêncio grita?

há ausência!

meus olhos choram a madrugada.
de noite, você me dói.