terça-feira, 18 de agosto de 2020

De todas as flores no campo, colhi a mais adornada de espinhos. A dor pungente de cravejar o belo, aperto-a com força entre os dedos pra não perder seu perfume. 


Rego com sangue o solo da próxima Primavera.

Teus olhos são como sol do meio dia

Canto de sabiá tecendo melodia.


Te amo como o abrir das flores aos pássaros. Mel de pitanga no bico do araçá.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Eu gosto de você. Talvez mais do que seria sensato gostar. Mais do que é permitido. Além do profano, dos lençóis, e além do que escondo apertado na palma das mãos. Te amo como o amor que devoto aos astros: sem explicação, sem sentido, mas ainda assim amor. Amor pelo vesúvio sobre meu corpo, o cataclismo em meu ossos. Amor dos olhos da Lua e dos deltas de Vênus.

Te beberia dois oceanos pra lhe colher os Peixes.