(ao que parte);
as iniciais talhadas no mogno estavam desgastadas pelo tempo. um pequeno mas bonito musgo, verde cintilante, crescia por entre as pequenas rachaduras do corpo.
seus dedos desentrelaçaram dos meus, e eu me despedi do mundo.
no bolso, a pequena caixa dos mistérios trocados, arrumados com carinho. uma coleção de palavras doces, uma fotografia dos seus olhos e três beijos, pra usar quando a saudade estrangular o peito.
Fomos cada estrela desse céu.
matamos dragões,
construímos em barro o alicerce de nossa casa
e florimos com sangue nosso jardim.
e eu te amei até o osso!
quando sua boca desencontrou da minha,
choveu. nos soterramos em argila e sonhos.
entre os escombros,
de malas prontas, nos passo um café.
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