fui tomado por um desejo desesperador de lhe beijar a face,
de me aquecer em teu colo,
de me esquecer em teus olhos,
de ter as lágrimas limpas pelas pontas de teus dedos.
de ter as lágrimas limpas pelas pontas de teus dedos.
Quando foi que permiti que outras bocas
dissessem por mim o que sinto?
Quando foi que me esqueci no tempo por amor?
Quando comecei a deixar o veneno correr em minhas veias?
dissessem por mim o que sinto?
Quando foi que me esqueci no tempo por amor?
Quando comecei a deixar o veneno correr em minhas veias?
Costumava escrever mais.
Costumava mandar cartas à todos;
pra lua, pros pássaros.
Escrevia para lembrar à mim mesmo que eu existia.
Costumava mandar cartas à todos;
pra lua, pros pássaros.
Escrevia para lembrar à mim mesmo que eu existia.
Escrevo-lhe agora, porque sei que em ti eu ainda existo.
Isso não é uma carta de amor,
é um grito de sobrevivência.
teu sempre, Leeray.
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